terça-feira, 5 de junho de 2012

Idade certa: Será que meu prazo de validade está vencido?

Por: Jô Martines

Tempo chuvoso, cinza, melancólico. Então “bora lá” animar, esquentar apimentando esta noite úmida (ensopada, melhor dizendo) de fim de outono.
Vou começar cutucando uma certa amiga, companheira de blog, que tem me deixado na linha de frente praticamente sozinha.
Minha irmãzinha Elisa Marante sugeriu há uns dias atrás que a gente botasse muuuuuuita pimenta na nossa humilde panelinha de provocações.
Mas preferiu deixar a panela e as pimentas aos meus cuidados.
Só me resta carregar a mão dessas delícias e botar pra ferver, certo?
Vou falar novamente de idade, de tempo...
O tema da vez é a atração de rapazes mais novos por mulheres mais velhas.
Oh, Deuses do Olimpo!!! Que mulher, em são estado de espírito não gostaria de ter um garotão aos seus pés? Massageando o ego, e o corpo também?
As puritanas de plantão que me desculpem, mas uma atenção especial de um homem com idade pra ser seu filho levanta o moral de qualquer mulher, bem-amada ou não.
Isso não significa que a mulher deva corresponder, mesmo porque nem sempre este interesse é legítimo.
Alguns rapazes gostam tanto desse joguinho de sedução, que acabam por insistir em provocar um clima de romance, de intimidade, sem sequer se preocupar em criar algo realmente palpável entre eles e elas.
Não sou radical nesse aspecto. Até consigo acreditar que existam alguns romances verdadeiros entre homens mais novos e mulheres mais maduras.
Mas creio que são raros. Impera a arte da conquista, de ambas as partes.
O homem demonstra interesse e faz questão de deixar registrado. E vai enfatizando isso. Vai abrindo espaço pra chegar aonde quer.
E cá pra nós, a gente sabe onde ele quer chegar, não é?
Alguns preferem assumir a imagem de maduro e responsável. Outros usam a provável “desvantagem” a seu favor, fazendo manha, jogando charme de garoto carente, que precisa de alguém com mais experiência.
Mas e a reação das mulheres, como é que fica?
Tenho para mim que a grande maioria num primeiro momento se faz de desentendida, mas certamente fica lisonjeada.
Algumas até “embarcam” pra ver onde vai dar, mas sem tornar isso público, com receio de pagar mico.
Somente as mais descoladas assumem o risco de passar pela experiência sem falsos pudores e sem neuras.
Porque por mais modernosa que tenha se tornado essa nossa sociedade, algumas “regras” absurdas ainda não foram totalmente descartadas.
E a felicidade, o prazer, a satisfação individual ainda continuam a esbarrar no coletivo.
E o coletivo ultimamente tem ditado a regra de que nós, seres humanos, temos tempo certo, idade aceitável, prazo de validade. Pra namorar, casar, ter filhos...
E o medo da rejeição, da execração pública acaba tolhendo as escolhas de muita gente que se diz livre...
Mas que a sensação de ser desejada por um garoto é muita boa, ah, lá isso é.
Revigorante. Rejuvenescedora.
Se desse pra embalar num frasco bem bonito e comercializar, iria desbancar muito cosmético anti-aging por ai...
De mais a mais, quem foi que inventou essa estória de que existe idade certa para amar, para flertar, para conquistar e ser conquistada? Eu é que não...