Por: Jô Martines
Alguns deles são assim, sorrateiros.
Chegam do nada, se instalam num piscar de olhos e quando a gente menos espera, nos dominam por inteiro. No mais são bem autênticos.
Eles tem um “quê” de imperativos, urgentes, passionais.
Nunca pedem licença e nem querem saber se você está disponível ou propensa. Não perguntam nada, não anunciam nada.
Simplesmente acontecem. E são viscerais, são literais.
Trazem uma força consigo, capaz de chacoalhar a gente por dentro.
É praticamente aquela sensação de queda livre que nos apavora quando estamos adormecidos e acordamos assustados. Parece que estávamos no vácuo e de repente a força da gravidade nos dá um solavanco, fazendo com que a gente volte a ter consciência de nós mesmos.
É um misto de sensações, é meio assustador, mas fica nítida a energia que passa através de nós, com nuances de pequeninos choques elétricos percorrendo nossa corrente sanguínea.
E ai já era... o sentimento sorrateiro já está lá, habitando em nós.
Não tente saber de onde ele veio, ou do que ele é feito. Faz parte de você agora.
E assim aconteceu. Só me apercebi depois. Ainda em meio ao torpor de estar à mercê de um novo e latente sentimento, muito forte, incontestável, fui aos poucos tomando pé da minha nova condição.
E me rendi. Baixei a guarda e me dediquei a aceitar o que ainda está por vir.
Porque sei que é apenas o começo.
Mais um recomeço. De tantos e tão necessários.
Lá vai a fênix de novo desaparecer para ressurgir das próprias cinzas.
Aqui a pimenta virou adjetivo. É a alma do blog e não um mero substantivo. E é dose dupla de pimenta: Elisa Marante e Jô Martines. Mais que amigas, irmãs. Viemos para apimentar as conversas, apimentar as idéias, os pensamentos. Vamos falar de amor, sexo, liberdade, prisão, felicidade, homens, mulheres, sucesso, profissão, sonhos, traição, beleza, cumplicidade, ciúmes, fracasso, e de tudo o que nos der vontade. Ah, e claro, até mesmo de coisas doces e suaves.
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