terça-feira, 17 de junho de 2014

O Bom Combate


Por: Elisa Marante


Foi num livro de Paulo Coelho, que li algo sobre “O bom Combate” pela primeira vez.
Pra ser sincera não me lembro exatamente o que significava ter um bom combate neste livro, mas me lembro com algo parecido com uma luta contra nós mesmos, procurando ser uma pessoa melhor, vencendo os medos, traumas e mais algumas coisas.
Com o tempo, lendo outros livros, acabei percebendo que este “título” já existia e já era usado por algumas doutrinas ideológicas e religiosas, porém, sempre com o mesmo significado: lutas internas, procurando sempre ser melhor, não só com as pessoas do nosso convívio, mas principalmente com nós mesmos.
Trata-se de uma batalha que temos contra tudo que há de ruim dentro de nós, desde sentimentos negativos até neuroses que nos deixam sempre congelados, incapazes de progredir em todos os sentidos.
A verdade é que este combate existe para todos, mas ninguém percebe, seja espiritualista, materialista, ateu ou qualquer outra coisa. E quando percebemos que esta luta existe, temos a sensação que ela nunca vai acabar. Quando achamos que superamos algo que nos incomoda intensamente, de repente acontece algo novo que nos faz perceber que a luta deve continuar, pois o que achamos que já era uma página virada, na verdade é uma luta que acabou de se iniciar.
Sempre acreditei que com o tempo e as experiências vividas nós deveríamos nos tornar mais seguros, adquirir mais sabedoria, mas nem sempre é assim. Tenho a nítida sensação que quanto mais eu vivo, mais tenho que viver para aprender a ser uma pessoa melhor.  Uma pessoa melhor em tudo: purificar meus sentimentos, me despir de tudo que é negativo e de preconceitos. 
Se achamos que aprendemos tudo com o tempo vivido, estamos redondamente enganados, pois tem sempre algo a mais pra aprender e, se achamos que já podemos ensinar aos outros o que aprendemos, estamos mais enganados ainda, por que as experiências nunca são as mesmas. Podem ser parecidas, mas nunca as mesmas e muito menos são eternas.
É muito mais fácil largar a luta no meio e tentar recomeçar, mas do que isso adiantaria? Viraria uma ciranda.... sempre iríamos largar o combate no mesmo degrau da dificuldade a ser enfrentada. É preciso ter equilíbrio espiritual e emocional. E é aí que entra o bom combate.  É a luta pra enfrentar continuamente seus medos e elevar os sentimentos.
Ainda não entendeu o que é este bom combate? Pois bem...
Como podemos amar nossos inimigos? Aliás, quem são nossos inimigos? Por que são nossos inimigos? O que fizeram para ser nossos inimigos? Ou melhor, o que fizemos para se tornarem nossos inimigos? Como conseguimos não sentir inveja, raiva, orgulho entre outros sentimentos inferiores?

Isso é o bom combate. A luta contra nós mesmos. Contra nossos sentimentos inferiores que nos fazem sofrer e que nos impedem de ser felizes. Parece fácil né?.... Bem vindo à vida....

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